Várzea Grande, 15/06/2008 - 09:32.
A Coordenadoria de Fauna e Recursos Pesqueiros da Superintendência de Biodiversidade da Secretaria de Estado do Meio Ambiente – )(Sema) realiza durante os meses de agosto e setembro deste ano, o mapeamento e monitoramento de ninhais na região do Pantanal Mato-grossense. O objetivo do trabalho, que vem sendo realizado desde 2006, é identificar os fatores que comprometem a reprodução das aves e propor regras de uso para o turismo, visando a proteção e conservação dos ninhais.
“A análise gerada por essas informações, aliada as características da região onde está situado cada ninhal, permitirá que a Sema proponha e adote medidas de conservação para cada um dos 30 ninhais já identificados no pantanal”, explicou o analista de meio ambiente Marcos Ferramosca.
Segundo ele, devido à fragilidade dessas áreas, poderão ser propostas algumas medidas que incluem a elaboração de uma cartilha voltada para diferentes públicos (escolas, turistas, fazendeiros, etc.), a adoção de regras de uso das áreas no entorno, instalação de cercas e/ou placas informativas, sensibilização das comunidades, formação de aceiros, entre outras.
Com o monitoramento, que vem sendo realizado em parceria com diversas instituições, fazendas, pousadas, hotéis, pesqueiros e outros colaboradores, será possível definir também o tamanho das populações e avaliar o efeito das medidas adotadas ao longo do tempo.
Em outras viagens a região, técnicos da Sema já identificaram várias ameaças. Existem registros, por exemplo, da existência de grandes ninhais no Pantanal, infelizmente, já extintos devido ao fogo e à captura de iscas vivas, segundo relatos de fazendeiros e dos próprios pescadores no pantanal. “Talvez estas sejam as principais ameaças para a conservação dos ninhais, além do turismo desordenado, pesca predatória, navegação intensa e manejo de animais domésticos e criação de gado”.
Outra questão enumerada pelo analista diz respeito aos turistas. “No passado, turistas e guias “desinformados” chegavam a utilizar fogos de artifício para admirar a revoada das aves. Na fuga os pais pisoteiam ou matam acidentalmente os filhotes derrubando-os de seus ninhos e, em seguida, os carcarás e os urubus aproveitam a oportunidade para realizar um verdadeiro banquete, predando os filhotes na ausência dos pais. O barulho e a algazarra de turistas, bem como o ruído dos motores dos barcos também têm sido prejudiciais neste sentido”.
NINHAIS - Os ninhais são importantes para a manutenção das populações de aves aquáticas, não só no Pantanal como também em todo o Brasil, devido ao comportamento migratório de algumas destas espécies.
Durante o período reprodutivo, as aves aquáticas no pantanal se reúnem para formar grandes colônias de nidificação. Estas concentrações de aves são conhecidas por “ninhais” ou “viveiros”, como também são chamadas pelos pantaneiros.
Os viveiros podem reunir centenas de casais nidificando numa mesma árvore ou reunir milhares de aves fazendo seus ninhos na mata ciliar dos rios, corixos e baías, ou até mesmo nas matas de cordilheiras e capões, geralmente próximas a alguma baía, de onde as aves retiram o alimento para seus filhotes.
Nos meses de fevereiro a junho os biguás (ou biuás), biguá-tingas (ou biuá-tingas) e baguaris costumam se reunir formando o “ninhal preto”, conhecido por esse nome devido a as cores predominantes de suas penas, enquanto que no período de julho a novembro, as garças, cabeças-secas e colhereiros formam o “ninhal branco”.
“A análise gerada por essas informações, aliada as características da região onde está situado cada ninhal, permitirá que a Sema proponha e adote medidas de conservação para cada um dos 30 ninhais já identificados no pantanal”, explicou o analista de meio ambiente Marcos Ferramosca.
Segundo ele, devido à fragilidade dessas áreas, poderão ser propostas algumas medidas que incluem a elaboração de uma cartilha voltada para diferentes públicos (escolas, turistas, fazendeiros, etc.), a adoção de regras de uso das áreas no entorno, instalação de cercas e/ou placas informativas, sensibilização das comunidades, formação de aceiros, entre outras.
Com o monitoramento, que vem sendo realizado em parceria com diversas instituições, fazendas, pousadas, hotéis, pesqueiros e outros colaboradores, será possível definir também o tamanho das populações e avaliar o efeito das medidas adotadas ao longo do tempo.
Em outras viagens a região, técnicos da Sema já identificaram várias ameaças. Existem registros, por exemplo, da existência de grandes ninhais no Pantanal, infelizmente, já extintos devido ao fogo e à captura de iscas vivas, segundo relatos de fazendeiros e dos próprios pescadores no pantanal. “Talvez estas sejam as principais ameaças para a conservação dos ninhais, além do turismo desordenado, pesca predatória, navegação intensa e manejo de animais domésticos e criação de gado”.
Outra questão enumerada pelo analista diz respeito aos turistas. “No passado, turistas e guias “desinformados” chegavam a utilizar fogos de artifício para admirar a revoada das aves. Na fuga os pais pisoteiam ou matam acidentalmente os filhotes derrubando-os de seus ninhos e, em seguida, os carcarás e os urubus aproveitam a oportunidade para realizar um verdadeiro banquete, predando os filhotes na ausência dos pais. O barulho e a algazarra de turistas, bem como o ruído dos motores dos barcos também têm sido prejudiciais neste sentido”.
NINHAIS - Os ninhais são importantes para a manutenção das populações de aves aquáticas, não só no Pantanal como também em todo o Brasil, devido ao comportamento migratório de algumas destas espécies.
Durante o período reprodutivo, as aves aquáticas no pantanal se reúnem para formar grandes colônias de nidificação. Estas concentrações de aves são conhecidas por “ninhais” ou “viveiros”, como também são chamadas pelos pantaneiros.
Os viveiros podem reunir centenas de casais nidificando numa mesma árvore ou reunir milhares de aves fazendo seus ninhos na mata ciliar dos rios, corixos e baías, ou até mesmo nas matas de cordilheiras e capões, geralmente próximas a alguma baía, de onde as aves retiram o alimento para seus filhotes.
Nos meses de fevereiro a junho os biguás (ou biuás), biguá-tingas (ou biuá-tingas) e baguaris costumam se reunir formando o “ninhal preto”, conhecido por esse nome devido a as cores predominantes de suas penas, enquanto que no período de julho a novembro, as garças, cabeças-secas e colhereiros formam o “ninhal branco”.
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