30 de abril de 2009

Como são as pousadas no Pantanal Sul?

Gosto muito das postagens do meu querido parceiro pousadeiro do blog Turismo e Notícias do Pantanal MS...


Por isso, abaixo uma delas:

Aqui no Pantanal/MS você irá encontrar toda forma de hospedagem, desde os acampamentos com poucas ou quase nenhuma estrutura, passando por barcos hotéis, pousadas charmosas e até resort ecológico.

A maioria das pousadas pantaneiras estão localizadas nas sub-regiões de Aquidauana e Miranda, normalmente são pousadas de pequeno porte, variando de 03 a 15 apartamentos e foram adaptadas para atender o turismo, pois, elas são as próprias fazendas que criam gado de corte. A grande maioria inclui em suas diárias as 03 refeições, passeios e seguro contra acidentes pessoais, vale a pena ressaltar que muitas trabalham com o mesmo valor da diária ano inteiro.

Outro item importante é que algumas pousadas não cobram taxa extra, como taxa de iss ou taxa de turismo. Em geral os apartamentos das pousadas são confortáveis e nenhum luxo, mas possuem ar-condicionado e banheiro privativo, muitas não tem televisão no quarto e a maioria possuem piscina para os hóspedes.

As pousadas pantaneiras são pequenas e agradáveis, muito mais autênticas do que qualquer hotel poderia ser.

28 de abril de 2009

Visita do Fotografo de Aves Edson Endrigo... na Pousada da Fazenda San Francisco Pantanal do Miranda



Esta semana recebemos a visita do ilustre e querido fotógrafo de aves: Edson Endrigo.
Foram dias de passarinhadas aqui na Fazenda.

Ontem me aventurei e fiz uma saida com eles. Fomos passarinhar no Corixo Sao Domingos.
Foi uma aventura só. Mal saimos do porto e ja nos deparamos com diversas espécies diferentes: bico de prata, cardeal, socó-boi, biguas, japacanins, martim-pescador, arirambinha, garça-maguari, e por ai vai.

Ele estava interessado especialmente em fotografar uma lavanderinha que escutou. Vários play-backs depois eis que ela aparece, tímida no meio das galhadas secas na margem do Corixo.

Abaixo, algumas fotos de aves do Pantanal que tirei junto com ele nesta aventura. Vamos esperar o lançamento do livro Aves do Pantanal que vai ter algumas surpresas, aves do Pantanal da Fazenda San Francisco. Até a proxima!!!

Clique aqui e conheça o site do Edson Endrigo: Aves Foto.




Olha o Edson aqui fazendo fotos dos principes negro se deliciando com o milheto do sorgo.

Estas duas últimas foram simplesmente no quintal de casa:





Abraços pantaneiros...
E o Trem do Pantanal... continua vindo!!! Piuíííííí...

Pousada no Pantanal - Passeios e Atraçoes Turisticas - especial para ver a onça-pintada



Imagine uma Pousada no Pantanal do Miranda onde os passeios acontecem todos os dias e muitos deles veem a onça-pintada. Esta semana viram onças-pintadas no Safari Fotografico, na Cavalgada e diversas vezes na Focagem Noturna. Os visitantes ficaram maravilhados e conseguiram fazer várias fotos de onça bem de pertinho. O guia pantaneiro Jacir fotografou uma delas. A filha da Dora, uma das onças mais bem monitoradas do Projeto Gadonça.


Nao foi só a onça-pintada que andou a parecendo... olha a anta ai gente!!!



E olha o bicho ai gente....

Piuííííí... e o som do apito do Trem do Pantanal ja está ecoando... viva o Trem!!!

Fotos do Jacir de Araújo Lelles.

24 de abril de 2009

'Trem do Pantanal e voo a Bonito aumentam fluxo turístico no estado'

Por Marcelo Eduardo e Alessandra Carvalho


Após a impulsão esperada no setor de turismo de eventos e ecológico em Mato Grosso do Sul após a implementação dos primeiros voos regulares ao aeroporto de Bonito e do já confirmado retorno do Trem do Pantanal, o Midiamax conversou com a presidente da Fundtur (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul) e do Fornatur (Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo) Nilde Brum para saber algo mais sobre as expectativas de melhorias econômicas e sociais e os desafios que ainda devem ser vencidos para que o estado entre de vez entre os grandes do mundo na área.

O diálogo foi no gabinete da presidente, no parque das Nações Indígenas, na Capital. Nilde explicou que as “mudanças serão profundas” e que Mato Grosso do Sul caminha por trilhos de crescimento. Os próximos eventos sobre turismo a serem realizados no estado também foram comentados.

Midiamax: A volta do itinerário que era parte da cultura sul-mato-grossense, o Trem do Pantanal, pode trazer quais benefícios para os passageiros, além da imponência da paisagem, e para o Mato Grosso do Sul como um todo, já que a espera por parte do setor turístico era grande?

Nilde Brum: Tivemos inclusive uma audiência pública em Corumbá e outra em Campo Grande, justamente para apresentar à sociedade o que virá de mudanças. No estado, em 2008, foram 1.038.745 hóspedes, com permanência média de 2,6 dias. Cada hóspede gasta em média cerca de US$ 120,00 por dia. Com a chegada do Trem, mais o aeroporto de Bonito, ele pode ficar mais tempo nas cidades turísticas e aumentar a quantidade de dinheiro em circulação. Ele deixará mais dinheiro em Mato Grosso do Sul.

É muita coisa. Digamos que ele pegue o trem em Campo Grande, pare em Aquidauana e almoce antes de seguir para Miranda [o percurso do trem, por enquanto, são por estes três municípios].

Ele deixa, além do valor da passagem (que pode chegar a cerca de R$ 120,00), o valor do almoço (uns R$ 20,00), deve levar uma lembrança. Camiseta, artesanato (são mais uns R$ 50,00). Mais algum lanche que ele vá fazer pelo caminho (mais uns R$ 10,00). Ou seja, só aí, gastou R$ 200,00. Podem existir até 470 passageiros por viagem. É muito dinheiro deixado em Mato Grosso do Sul. Se ele ficar dois dias ou mais, então!

[As saídas de Campo Grande serão todos os sábados, às 7h30, da estação Indubrasil e a volta, aos domingos às 8h30, de Miranda. O preço da passagem, conforme a BWT (responsável pela administração do veículo e seus serviços, será de R$ 39,00 até R$ 126,00, mas para moradores da região está previsto um desconto na tarifa cobrada].

Midiamax: O percurso vai até Miranda, por enquanto. O que falta para fazer com ele vá até o itinerário original, ou seja, até Corumbá? A senhora disse que houve uma audiência pública na cidade. O que as pessoas de lá e os empresários de lá disseram sobre isso?

Nilde Brum: Pois é. Eles queriam saber como ainda não está indo até lá. Mas vai. Todos os trilhos já estão no lugar. O que falta são adaptações e melhorias que a ALL [América Latina Logística – que é responsável pela manutenção nos trilhos do estado] está cumprindo. Na verdade, já suportam [os trilhos] transporte de carga, mas não de passageiros. É preciso melhorá-los para que possam trafegar em uma velocidade de até 35 quilômetros por hora ou 40 quilômetros por hora. Hoje, trafegam com 15 quilômetros por hora no máximo. Isso é pouco para passageiros. Na verdade, faltammelhoras somente no trecho Porto Esperança/Corumbá.
As melhorias são necessárias porque a região pantaneira é sensível. É preciso ter todo o alinhamento da malha refeito porque para carga é um tipo e para passageiros tem que ser diferente. Enfim, as modificações estão sendo feitas e a ALL está cumprindo. Não há ainda uma data para o itinerário completo.

Midiamax: E o presidente Lula, tão aguardado, vem realmente?

Nilde Brum: O Cerimonial dele já confirmou conosco. Além dele e do ministro [José Eduardo Baarreto Filho, do Turismo], já está confirmada a prsença do Lugo [Fernando Lugo, presidente do Paraguai]. O Evo Moralles [presidente da Bolívia] ainda não confirmou, mas sua vinda está quase certa.

Midiamax: Voltando a falar em economia e em divulgação também... como será feito este trabalho e o que a presença destas e de outras autoridades podem representar para Mato Grosso do Sul efetivamente? E a questão dos eventos que serão promovidos depois, como o Salão na Capital [Feira Internacional e 2º Salão de Turismo de MS]?

Nilde Brum: Fizemos uma parceria com diversas empresas para tentar trazer o máximo de jornalistas (de fora do País, inclusive) e de empresários para os eventos: reinauguração do Trem do Pantanal, Feira e Salão.

No ano passado, foram gerados R$ 6 milhões após os negócios que vieram por causa da Feira e Salão de 2008. Isso, com a vinda de trinta jornalistas. Este ano, chamamos cinquenta. A tendência e a nossa espera é para que aumente muito este valor. São de vários estados brasileiros e de países da América do Sul, Europa e Estados Unidos.

Fizemos convênios com as companhias aéreas TAM e TAP para as passagens e com diversos hoteis e restaurantes para conseguir as hospedagens e refeições para eles. Virão empresário de empresas de transporte aéreo da Europa. Em 2008, houve muitos negócios nesta área após a

Feira e o Salão.

[A Feira Internacional e 2° Salão de Turismo do Mato Grosso do Sul são realizadas simultaneamente e são estratégias de desenvolvimento do turismo no estado e serve para mostrar nossas atrações e estrutura aos visitantes.

Os eventos serão n centro de convenções Albano Franco, que fica nos altos da avenida Mato Grosso, 5017 na Capital, de 27 a 31 de maio de 2009.]

Midiamax: E com relação à linha Campo Grande/Bonito/Campo Grande via a companhia aérea Trip... como está após quase um mês de operação?

Nilde Brum: Muito bom. Os aviões têm lugar para 68 pessoas e, embora não estejam lotados, estão sempre indo e voltando com muitas pessoas. Mas, este é um período de pouco movimento turístico. No final de maio e início de junho, a procura pelo serviço deve aumentar bem.

Midiamax: E como estão as condições dos dez pontos turísticos de Mato Grosso do Sul?

Nilde Brum: Fazemos um ciclo de palestras e debates durante abril e maio para verificar o que eles estão precisando. A maior reivindicação é quanto a capacitação de pessoal. Isso em todas as áreas do turismo. É com respeito ao garçom, ao atendente de loja ou hotel, ao guia, enfim, todos.

Outro ponto bastante tocado é a questão da infraestrutura.

O problema é que cada região tem suas particularidades, suas singularidades. As necessidades são as mesmas, porém em graus diferentes. Por exemplo todos querem maior sinalização nas estradas sobre os pontos turísticos, mas isso é mais pedido e sentido aqui em Campo Grande.

Todos querem infraestutura de transporte, mas isso é mais sentido no Pantanal, onde o acesso é complicado, principalmente me período de cheia.

A questão da construção do aeroporto de Bonito veio facilitar em muito esta questão do acesso. A pavimentação asfáltica da estrada que liga Bonito a Bodoquena, ou seja, a junção de Bonito e Pantanal, deve começar até o final do ano; já é promessa e compromisso do governador André e do ministro José Barreto. A transpantaneira também deve passar por algumas obras talvez, dependendo de conversas com o ministério. Talvez um estudo sobre algo que substitua a pavimentação, que ainda não é possível; mas ainda é somente um pré-estudo, nada confirmado.

Midiamax: O fato da senhora ser também presidente do Fornatur [Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo] contribui para um acesso maior ao ministro Barreto e mesmo ao presidente Lula?

De certa forma sim. O Fórum – e eu sou uma das fundadoras – foi criado há dez anos para isso; para ser um elo entre os dirigentes e o governo federal, além de outras instituições. A presidente do Fornatur é convidada para ir a todos os eventos que o Ministério do Turismo promove ou realiza. E, quando eu estou lá, o nome de Mato Grosso do Sul é citado. Então, é Mato Grosso do Sul conhecido em todo o Brasil e no mundo. Além disso, o ministro também vai, pessoalmente, a todos os eventos do Fornatur. Isso tudo quer dizer que os projetos podem ser discutidos com mais facilidade sim devido a este contato.

Vamos levar tudo o que está sendo discutido neste ciclos regionais sobre os dez pontos turísticos de Mato Grosso do Sul e levar propostas completas ao ministro sobre melhorias nos dez pontos.
Midiamax: Para finalizar, o que a senhora acredita que precisa mudar para que o turismo no Mato Grosso do Sul possa crescer ainda mais e que, com isso, melhore a economia no estado e a vida da população?

Nilde Brum: Para que o estado cresça neste ponto é preciso atrair o turista. E a gente faz isso com criatividade. Consumo depende da criatividade em apresentar produtos com diversidade e qualidade.

É preciso que o empresário, o comerciante, o trabalhador tenha a percepção de criatividade. Aqui por exemplo em muitos locais já é o Estado do Trem do Pantanal.

[Os dez pontos turísticos oficiais de Mato Grosso do Sul são: Pantanal; Costa Leste; Vale do Aporé; Caminho dos Ipês; Rota Norte; Caminhos da Fronteira; Vale das Águas; Grande Dourados; Conesul; e Bonito/Serra da Bodoquena.

Trem do Pantanal evoca saudades de uma viagem sem volta

Aos entusiastas pelo Pantanal nao poderao perder a oportunidade de percorrer nos trilhos e resgatar esta bela história que movimentou a regiao no passado. Muito boa a reportagem do Midamax, os aspectos históricos e a nostalgia que envolve toda este retorno do Trem do Pantanal. Vale a pena ler. Saudaçoes pantaneiras!!!



Piuíííííí....



Por: Jacqueline Lopes - http://www.midiamax.com/view.php?mat_id=491870

Quem perdeu essa viagem terá a chance de conhecer um pouquinho da época em que os trilhos eram o principal meio de transporte de massa, e apoiavam rodas poderosas que arrastavam a riqueza do Estado. A cada estação a balbúrdia de crianças e pais que vendiam bolo, pastel, peixe frito, chipa.

E assim ia, num sacolegar sem fim batendo desigual, horas e horas até chegar a Corumbá, passando pelo Indubrasil, Palmeiras, Piraputanga, Camisão, Aquidauana, Miranda, Albuquerque, Taunay, tantas outras. Dentro do trem os garçons carregavam refrigerantes embutidos no avental, sob olhares pidões das crianças. Pelas janelas entravam o ar com cheiro de guavira do Cerrado, ou a fuligem das queimadas, sujando tudo. Mas ninguém se importava.

O apito era o aviso de chegada e o adeus de partida. Não há como resistir ao charme do trem, que por décadas passou de moderno e útil a obsoleto, oneroso, por fim deficitário, até cessar o transporte de gente e continuar só a transportar grãos e minério.

Era, sobretudo, democrático. Transportava políticos, empresários, mascates, donas de casa, velhos e crianças e até caixas de galinha e alimentos. Mas havia nele a mesma distinção de classes que configura a sociedade. Os abastados ocupavam o vagão 'de primeira’. Pobres, trabalhadores em geral e funcionários da antiga Noroeste do Brasil, seguiam no 'de segunda'. Entretanto, todas as classes sociais tinham encontro marcado no vagão-restaurante.

A viagem interrompida em 1996 retorna dia 8 de maio deste ano, 13 anos depois. E faz suspirar de saudades quem viveu intensamente aquela época.

“Para quem trabalhava na Ferrovia tinha muita fartura. As famílias plantavam na beira da estrada. Só no Pantanal que não dava porque alagava, mas só via os bichos. Em Camisão, Piraputanga e Taunay vendia de tudo.

Os índios com as frutas do mato, matavam tatu, assavam e vendiam. Peixe também”, lembra Odilon Lemos, 79, aposentado da antiga Noroeste do Brasil.

Na década de 90 com o crescimento das rodovias, a popularização do ônibus por ser mais rápido embora mais perigoso, houve uma queda no número de passageiros, um sucateamento da linha. Ao contrário dos países como Estados Unidos. Austrália e Rússia, que pela extensão territorial mantêm investimentos ferroviários, no Brasil houve a privatização, falta de manutenção do patrimônio, fim do transporte de passageiro.

“O trem de passageiros era lotado porque o povo da cidade ia tudo para o mato pescar no fim de semana. Ia para Piraputanga, Camisão. Depois, construíram o asfalto e começou a correr o ônibus, diminuiu os passageiros. Arrendaram o patrimônio e acabaram com tudo”, diz Lemos.

O que o descaso legou ao abandono e o tempo se encarregou de deteriorar, os cofres públicos tiveram que socorrer. Foram investidos R$ 739 mil do governo do Estado para revitalizar a estação Indubrasil, de onde vai sair o Trem do Pantanal no dia 8 de maio, em inauguração que poderá contar com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O auxiliar de serviços gerais João Rodrigues da Silva, 50, trabalha na obra junto com dezenas de outros homens. Ele disse ao Midiamax que quando ‘moço’ costumava viajar para Aquidauana, onde morava a mãe dele.

“Fim de ano enchia de gente na estação Mário Dutra lá perto do Friboi. Era bem seguro e o preço era barato dava para viajar nas férias. Viajar de trem era que nem estádio de futebol, pobre podia viajar e tinha lugar para rico também. Depois ficou tudo abandonado e arrebentado, dinheiro jogado fora”. João Silva trabalha na obra na estação de Indubrasil e hoje, acredita que é um sonho a retomada do Trem do Pantanal.

Reativação

A reativação de parte do trecho do Trem do Pantanal, que nos anos 1953/1996 saia de Bauru (SP) chegava até Corumbá e de lá, a ferrovia boliviana levava os passageiros a Santa Cruz de La Sierra, parecia algo que seria contado apenas pelas novas gerações, pois a história de Mato Grosso do Sul com o nascimento de pequenas cidades se deu graças a expansão da linha férrea.

Na divisa com o Paraguai, em Ponta Porã, as estações e os trilhos são marcas históricas.
Agora, após 13 anos sem o trem de passageiro, Mato Grosso do Sul retoma um projeto emblemático para o turismo e lança com pompas o Trem do Pantanal no trecho Campo Grande/Miranda. A parte mais alagada da região, que fica de Miranda até Corumbá, poderá ser ativada em 2010 se a empresa responsável pela manutenção da linha férrea conseguir garantir as reformas e assim, a segurança aos passageiros.

"O 'Pantanalzão' mesmo é de Miranda pra lá. Você vê bichos na beira da linha e a chegada em Porto Esperança quando é época da cheia é uma beleza", relembra o aposentado Lemos. Ele torce pro Trem do Pantanal ser ampliado até Corumbá.

“Viajei muito para Aquidauana. Todo mundo fala que lá pros lados de Corumbá que se vê o Pantanal de verdade, mas só de chegar em Aquidauana já era muito legal. Agora trabalhamos ‘embunitando’ a estação para o povo, o presidente conhecer”, completa o auxiliar de serviços gerais José Maria da Costa, 35, que também trabalha com outros operários na reforma da estação Indubrasil.

O antigo governo estadual tentou ativar, mas acabou barrado pela ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre) chegou a frear a volta do Trem do Pantanal. A Agência só liberou no trecho onde os dormentes passaram por manutenção e demonstraram em boa qualidade.

Na época vagões estilizados tinham desenhos da onça pintada e outros animais da fauna sul-mato-grossense. Tudo foi alterado para o lançamento oficial no dia 8 de maio.

Indubrasil

Nas cores laranja, sem as características dos anos 50, a estação Indubrasil passou por reformas e ganha aspecto mais moderno. Os vagões do novo Pantanal Express (o antigo Trem do Pantanal) estão em Curitiba (PR), deverão seguir para Sorocaba (SP) e chegar à Indubrasil no dia 1º de maio.

Segundo o diretor comercial da Pantanal Express, Adonai Arruda Filho torce para que em 2010 o Trem do Pantanal possa chegar até Corumbá.

Animado com o projeto em Mato Grosso do Sul, ele acredita prepara junto com a Fundação de Turismo do Estado e Sebrae-MS toda a infra-estrutura para que o trem possa ser referencial nacional do turismo.

”Temos a Serra de Maracaju que é muito linda, rios de ponte e ainda as estações de Piraputanga e Taunay. Vamos criar projetos para abranger essa comunidades locais”, detalha.

Música

Um pouco da cultura sul-mato-grossense faz parte de todo o projeto Trem do Pantanal. Nos vagões cancioneiros deverão tocar músicas regionais e no restaurante, músicos apresentarão os trabalhos da região.

A história da Guerra do Paraguai e exibição de peões tocadores de berrantes também fazem parte do cardápio cultural.

Roteiro

Todos os sábados às 7h30 o Trem do Pantanal sairá da estação do Distrito de Indubrasil rumo à cidade de Miranda, onde a chegada prevista é R$ 18h. Na viagem, os passageiros conhecerão as estações de Piraputanga (11h30), Aquidauana (12h30) – onde almoçam e saem rumo para a cidade de Miranda às 15 horas.

São 280 passageiros por viagem. Numa velocidade de 30 quilômetros por hora, o tour será de 6 horas. O preço da viagem Campo Grande/Miranda varia entre R$ 39,00 a R$ 126. Há três tipos de viagens: econômico, turístico e nos vagões executivo.

A volta será todos os domingos às 8h30, quando sai de Miranda e chega em Aquidauana às 11h30 [deixa a cidade às 14h]; chega em Piraputanga às 15h e a chegada em Campo Grande na estação Indubrasil é prevista para às 19h15.

Preços

Vagão econômico – Não haverá serviço de bordo e o preço para quem entrar no trem em Campo Grande e descer em Aquidauana é R$ 32.

Já quem seguir viagem a partir de Aquidauana à Miranda R$ 23,00.

O preço da passagem no vagão econômico da Capital até Miranda é de R$ 39,00.

Vagão turístico – Com serviço de bordo, comissário, lanche e refrigerante o preço da passagem de Campo Grande até Miranda é de R$ 77 para adultos e R$ 37,40 para crianças maiores de 2 anos.

O preço a ser pago para quem viajar de Aquidauana à Miranda é R$ 39 para adultos e R$ 19,80 (crianças). De Campo Grande até Aquidauana a tarifa cobrada é de R$ 61 para adultos e R$ 28,60 (crianças).

Vagão executivo – O mais caro dos serviços do Trem do Pantanal conta com serviço de bordo, comissário bilíngüe, lanche, água, refrigerante e cerveja. A viagem Campo Grande/Miranda custa R$ 126 adultos e R$ 57,00 criança; Aquidauana/Miranda R$ 51 e R$ 28,60, respectivamente adulto e criança. Pelo trecho Campo Grande e Aquidauana R$ 93 adulto e R$ 45,40 criança. (Com informações do site estacoesferroviarias.com.br)