31 de março de 2009

Pantaneira recebe Prêmio Sebrae Mulher de Negócios


Para a vencedora do Prêmio Mulher de Negócios de Mato Grosso do Sul uma fazenda no meio do Pantanal significa educação, preservação ambiental, turismo e cidadania. Elizabeth Prudêncio Coelho sonhou, ainda na década de 70, que podia transformar o espaço onde atuava.

Ela arregaçou as mangas e, hoje, além de ter uma atração turística reconhecida internacionalmente, respeita a natureza e o ser humano. “Foi uma surpresa! Rever hoje a minha história e perceber que pessoas acreditaram em mim, mostra que vale a pena enfrentar os desafios”, diz, emocionada, a empresária durante a entrega do prêmio. O evento aconteceu nesta segunda-feira (30/03), às 19h30, no Sebrae/MS em Campo Grande.

O prêmio reconhece o talento empreendedor, de mulheres que mudaram suas histórias de vida, através do crescimento profissional e dedicação, fazendo de sua própria trajetória um exemplo, é uma maneira de valorização do espírito inovador feminino no mundo dos negócios. Também premiadas as empresárias Francine Imolene da Silva Cunha de Rochedo e Cleonice Moreno de Alcântara Carvalho de Campo Grande, em segundo e terceiro lugar, respectivamente.

“Os homens são maravilhosos, mas as mulheres se destacam por terem uma visão diferente. Este prêmio dá abertura a inúmeras portas que temos buscado e ânimo para investir mais”, comenta Francine. Segundo a coordenadora do evento no Sebrae/MS, Rosana Brunet, os critérios de escolha são muito específicos.

“Com a parceria realizada com a Fundação Nacional da Qualidade, foi desenvolvido um software que pontua as histórias de acordo com três requisitos principais: liderança, mercado e cliente. As mais bem colocadas passam para a fase de verificação”, explica. Neste ponto sete empresárias recebem a visita de uma consultora que esclarece dúvidas, confirmando o relato. Por fim, as histórias recebem novos pontos e a vencedora é selecionada. Colocar as crianças da região na escola, fundada por ela, foi um dos maiores desafios, ainda no fim dos anos 70.

Depois associada com uma fundação criou a Escola Agrícola. “Empenhei-me de corpo e alma, e com muita coragem, saí por esse Pantanal a fora fazendo um levantamento de crianças e jovens analfabetos, explicando os benefícios da escola. Não entenderam minhas boas intenções e me chamavam de comunista”, conta Elizabeth em seu depoimento.

Mas conforme a história provou, valeu a pena. “Para ter sucesso é preciso acreditar no que é regional, isso faz a diferença, também satisfazer a necessidade e investir na capacitação de funcionários e infra-estrutura. Não há nada mais gratificante de poder ver a satisfação dos visitantes e sentir que nosso trabalho em equipe reconhecido.

Compartilhando nossas experiências, contribuímos para o crescimento de todos”, afirma.A próxima etapa é a regional, quando as vencedoras dos estados do centro-oeste passam por uma nova avaliação. A premiada concorre com as representantes de todo o Brasil e será conhecida durante uma cerimônia no dia sete de abril em Brasília. No ano passado a sul-mato-grossense Adma Rubia de Souza Costa recebeu o troféu de bronze com a empresa Lanifício Pantanal, especializada em lã de carneiro.

“Se a pessoa acredita no sonho, pode conquistar muitas coisas. Sou um exemplo de que é sempre bom estar buscando algo a mais para o seu negócio”, diz Adma. O evento é uma realização do Sebrae em parceria com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Federação das Associações de Mulheres de Negócios (BPW) e Fundação Nacional de Qualidade (FNQ).

Onça parda capturada em cidade paulista é solta na mata

Foto: José Sabino

A onça parda com cerca de 1 ano e meio de idade e 1,2 metros de comprimento, foi solta na Serra do Japi

Rose Mary de Souza
Direto de Campinas

Uma onça parda - ou suçuarana, como também é chamada - com cerca de 1 ano e meio de idade e 1,2 metros de comprimento foi solta na Serra do Japi, em Jundiaí, no final da tarde desta segunda feira. Antes de ser levada para a mata, o animal recebeu um colar contendo um aparelho de GPS para ser rastreado via satélite por biólogos e pesquisadores.

A onça parda havia sido capturada no mesmo dia em um casa em construção no Jardim Panorama, município de Vinhedo - cerca de 40 quilômetros de Jundiaí, no interior de São Paulo. Ao ser encontrado, o animal assustou os trabalhadores da obra que pediram ajuda das autoridades.

Captura

Para capturar a fera, que aparentava cansaço, foi organizada uma força tarefa formada pela Policia Ambiental, o Corpo de Bombeiros, a Guarda Municipal, veterinários e biólogos.
O animal foi sedado e, quando adormeceu, examinado por veterinários que coletaram amostras de sangue.

"Ela deve ter se perdido da mãe", disse a médica veterinária Cristina Harumi Adamira, integrante da Associação Mata Ciliar, uma ONG que atua em defesa dos animais em Jundiaí. De acordo com a veterinária, a onça estava muito debilitada e, na procura por alimento, deve ter se afastado demais do seu território, o que a trouxe para a zona residencial. "As construções estão avançando sobre as matas que são o habitat dos animais selvagens", comentou.
Pesquisas

O biólogo e pesquisador da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Marcel Penteado, afirmou que o uso da coleira com sensor para rastreamento contribuirá para pesquisas como, por exemplo, o acompanhamento da migração do animal na Serra do Japi.

"Os dados coletados pelo equipamento serão enviados para o Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (INPE)", explicou. O equipamento permanecerá ativo até setembro quando deve se desprender naturalmente do animal.

Proteção dos animaisA Associação Mata Ciliar em Jundiaí ocupa-se das sete espécies de felinos existentes no território nacional: a onça pintada, a suçuarana, o gato do mato, a jaguatirica, o gato maracajá, o gato palheiro e o gato mourisco. A organização ainda acolhe aves e animais de pequeno porte vítimas de acidentes como atropelamentos, choques elétricos, intoxicação etc.

Segundo a entidade, os animais que vivem nas matas estão ameaçados de extinção em virtude do processo de urbanização crescente que já chega nas proximidades das reservas. A ONG também atua no reflorestamento das reservas com o cultivo de mudas de plantas nativas da mata atlântica, cerrado e ciliar.

Em 2007, a Associação Mata Ciliar foi pioneira na América Latina na transferência de embriões de felinos, dispondo de um banco de dados genéticos com embriões congelados. Graças a esforços realizados por pesquisadores deste projeto, três jaguatiricas já nasceram no local a partir de inseminação artificial.

No Estado de São Paulo, a Associação Mata Ciliar pode ser encontrada em Águas de Lindóia, Bragança Paulista e Pedreira. Ela não recebe apoio dos governos municipais, estadual e federal, mas sobrevive graças aos recursos provenientes de entidades financiadora de pesquisas, além de doação de sócios e colaboradores.

O site da instituição pode ser acessado pelo endereço http://www.mataciliar.org.br/.

Especial para Terra

Trem do Pantanal contribui para resgate da história

Parte significativa da população aquidauanense desconhece os ricos detalhes de sua história. A volta do Trem do Pantanal, agora na versão Express, está contribuindo para uma reversão deste quadro.

As ações até aqui desencadeadas em torno do projeto – retirada das velhas sucatas de vagões do centro da cidade, a remoção sem traumas dos comerciantes e famílias estabelecidos no entorno da estação, cursos de preparação, obras de reformas, etc. – têm despertado várias discussões. No geral, as expectativas são as melhores.

“O projeto é incrível”, opina Maria Caroline, aluna do curso de turismo da UFMS, dimensionando com exatidão o sentimento comum prevalecente na cidade desde o começo do ano.

Como um pouco de fervura na água faz bem, cabe lembrar que há muito a ser feito para que a cidade assuma de fato a condição de um pólo turístico no Estado. E o maior desafio é exatamente o envolvimento de todos.

O prefeito Fauzi Suleiman (PMDB) entende que para a promoção da atividade turística no município é preciso que todos estejam atentos aos detalhes e à importância do envolvimento da população. “O turismo não se desenvolverá sem a participação de cada aquidauanense”, diz Fauzi.

“A disponibilização e uniformização de informações, para que o conhecimento se propague, é uma das ações mais importantes deste momento”, avalia. Por isto vê como fundamentais as iniciativas da Fundação de Turismo, SENAC e outros órgãos, que estão realizando diversos cursos de formação, em áreas ligadas a atividade turística.

Professor de história, Osvaldir Beda elogia a iniciativa de mexer com conteúdos desta área. Cita como exemplo a relevância do Trem para o desenvolvimento de Aquidauana, no passado. “Agora, voltando, pode estar dando início a um novo ciclo. Estamos sonhando isto”, afirma.

30 de março de 2009

Atropelamento de Jaguatirica na BR 262

Esta semana, uma jaguatirica macho foi encontrada morta, atropelada na BR 262 no trecho entre o Rio Miranda e a Policia Rodoviária. Vários animais estavam atropelados na BR em funçao da forte chuva que acontece na noite anterior. Tamanduá-mirim, Tamanduá-bandeira, Jacarés e Capivaras também foram encontrados mortos.







Fundação de Turismo lança curso visando o Trem do Pantanal

A Fundação de Turismo de Aquidauana, FTA, órgão do Governo Municipal, apresentou na última sexta-feira (27) o curso “Turismo em Aquidauana – Embarque Neste Trem”.

O ato aconteceu no anfiteatro do Centro Universitário de Aquidauana, CEUA, diante de uma platéia formada por políticos, comerciantes, professores e acadêmicos dos cursos de História, Geografia, Biologia e Turismo, da UFMS.O programa a ser observado pelos 180 inscritos, em duas etapas, inclui os seguintes conteúdos: Inglês, História Regional e Patrimônio Cultural, Geografia Regional, Gestão de Turismo e Marketing e Atendimento e Hospitalidade à Cliente Turista.

As aulas, que começam nesta segunda-feira, ficarão sob responsabilidade de professores e acadêmicos, que se apresentaram como voluntários. “Esta iniciativa pioneira está inserindo Aquidauana dentro dos roteiros turísticos do Estado”, disse Maria Caroline Urt, monitora de inglês e uma das colaboradoras do projeto.

“Este projeto vai contribuir para redirecionar a nossa cidade para o seu caminho”, disse um aluno de turismo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, que participou das encenações elaboradas para ilustrar as situações comuns do cotidiano de uma cidade turística.

Marcaram presença na solenidade, o prefeito Fauzi Suleiman, seu vice Vanildo Neves, o presidente da Câmara Antonio da Coeso, a diretora-presidente da Fundação de Turismo Lusiane Queiroz, o diretor-presidente da Fundação de Cultura Carlos Cabral, a gerente de Educação Luzia Cunha e o jornalista Lima Neto.

O cursoAs aulas do curso – que serão realizadas no CEUA e na Escola Estadual Cândido Mariano - foram divididas em duas fases, desta segunda até 17 de abril e de 19 de abril a 12 de maio.


Trata-se de um projeto piloto, ou seja, que está em fase de avaliação, podendo ser efetivado como um curso permanente, caso ela seja positiva.

Fundação de Turismo lança curso visando o Trem do Pantanal

A Fundação de Turismo de Aquidauana, FTA, órgão do Governo Municipal, apresentou na última sexta-feira (27) o curso “Turismo em Aquidauana – Embarque Neste Trem”.

O ato aconteceu no anfiteatro do Centro Universitário de Aquidauana, CEUA, diante de uma platéia formada por políticos, comerciantes, professores e acadêmicos dos cursos de História, Geografia, Biologia e Turismo, da UFMS.O programa a ser observado pelos 180 inscritos, em duas etapas, inclui os seguintes conteúdos: Inglês, História Regional e Patrimônio Cultural, Geografia Regional, Gestão de Turismo e Marketing e Atendimento e Hospitalidade à Cliente Turista.

As aulas, que começam nesta segunda-feira, ficarão sob responsabilidade de professores e acadêmicos, que se apresentaram como voluntários. “Esta iniciativa pioneira está inserindo Aquidauana dentro dos roteiros turísticos do Estado”, disse Maria Caroline Urt, monitora de inglês e uma das colaboradoras do projeto.

“Este projeto vai contribuir para redirecionar a nossa cidade para o seu caminho”, disse um aluno de turismo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, que participou das encenações elaboradas para ilustrar as situações comuns do cotidiano de uma cidade turística.

Marcaram presença na solenidade, o prefeito Fauzi Suleiman, seu vice Vanildo Neves, o presidente da Câmara Antonio da Coeso, a diretora-presidente da Fundação de Turismo Lusiane Queiroz, o diretor-presidente da Fundação de Cultura Carlos Cabral, a gerente de Educação Luzia Cunha e o jornalista Lima Neto.

O cursoAs aulas do curso – que serão realizadas no CEUA e na Escola Estadual Cândido Mariano - foram divididas em duas fases, desta segunda até 17 de abril e de 19 de abril a 12 de maio.


Trata-se de um projeto piloto, ou seja, que está em fase de avaliação, podendo ser efetivado como um curso permanente, caso ela seja positiva.

Ibama apreende mais de 18 mil animais no Amazonas em 2008



Apreensões incluem espécies raras como onças e falcão-peregrino.

Muitos dos animais são soltos imediatamente.

Do Globo Amazônia, em São Paulo

A superintendência do Ibama no Amazonas publicou esta semana um balanço de suas atividades segundo o qual, ao todo, foram apreendidos pelo órgão federal 18.087 animais no estado em 2008.

Muitos dos animais apreendidos, informa o Ibama, são soltos no próprio local da apreensão, quando as condições permitem. Tartarugas, por exemplo, comumente são apreendidas em embarcações nos rios onde foram capturadas e soltas imediatamente.


Foi registrada a entrada de 464 animais no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Manaus. Eles chegaram por meio de entregas espontâneas, apreensões e resgates realizados pelo Ibama ou instituições parceiras, como a Polícia Ambiental, a Secretaria de Meio Ambiente do Município de Manaus, o Exército e prefeituras do interior.


Dentre os animais que passaram pelo Cetas em 2008, há espécies ameaçadas de extinção, como, por exemplo, o sauim-de-coleira (Saguinus bicolor), a onça-pintada (Panthera onca), a onça-parda (Puma concolor), o peixe-boi (Trichechus inunguis) e o falcão-peregrino (Falco peregrinus).

Ao todo foram aplicados 1.007 autos de infração ligados a irregularidades contra a flora e a fauna no Amazonas no ano passado, incluindo todos os tipos de poluição ou degradação do meio ambiente. São mais de R$ 521,4 milhões em multas.

O estado do Amazonas tem 62 municípios e em 49 deles foi registrado algum tipo de sanção administrativa aplicada pelo Ibama. Manaus foi o município com maior número das multas aplicadas, seguido de Lábrea, Tefé, Parintins e Novo Airão. A maior parte das multas aplicadas no ano passado é ligada à utilização ilegal de recursos florestais.
Onça morre atropelada em Foz do Iguaçu

Acidente ocorreu em rodovia que passa dentro de parque nacional. Motorista retirou o animal da estrada, mas não avisou polícia florestal.

Do G1, com informações do Portal RPC*

Uma onça pintada, símbolo do Parque Nacional do Iguaçu, foi atropelada neste sábado (28) na rodovia que passa dentro da reserva. A onça foi encontrada morta na beira da estrada, dentro do parque. O animal era um macho, jovem, de aproximadamente 70 quilos.

De acordo com a Polícia Florestal, o atropelamento ocorreu durante a madrugada. O motorista, depois de arrastar o animal para fora da estrada, fugiu sem avisar os vigias do acidente. Neste período da madrugada, apenas funcionários e vans e táxis de turismo, que vão para o Hotel das Cataratas, podem entrar no parque.

A onça pintada é um animal ameaçado de extinção. O parque nacional é praticamente o único refúgio dessa espécie no Paraná - os cálculos são de que apenas entre oito e dez onças vivam na reserva atualmente.

Perda grave

Por isso, a perda é considerada grave. "(Com) todo o trabalho que é feito de pesquisa e conservação, para que se mantenha (...) um banco genético viável, encontrar um animal morto é bastante chocante", diz o médico veterinário Rafael Xavier.


De acordo com a Polícia Florestal e com a administração do parque, a pessoa que atropelou o animal terá que responder por crime ambiental e pode pegar, no fim do processo, até dois anos de prisão. Também pode receber uma multa de no mínimo R$ 5 mil.


(*Com informações da TV Cataratas)

Presidentes da ABETA e BRAZTOA assinam Termo de Parceria durante 31° ECB, em São Paulo


28/03/2009 - 09:21

Presidentes da ABETA e BRAZTOA assinam Termo de Parceria durante 31° ECB, em São Paulo
Jean-Claude Razel – presidente da ABETA e José Eduardo Barbosa, presidente da BRAZTOA assinam termo de Parceria Objetivo é estimular e promover atividades de aventura com qualidade e segurança entre operadoras de turismo, com enfoque para as ações do Programa Aventura Segura e da Campanha do Consumo Consciente.

Os presidentes da ABETA (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura), Jean-Claude Razel e da BRAZTOA (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), José Eduardo Barbosa assinaram nesta quinta-feira (26), durante o 31° Encontro Comercial Braztoa, o Termo de Parceria para promoção de atividades de aventura com qualidade e segurança.

Segundo Razel, a parceria representa um reforço para promoção do Brasil como um dos principais destinos do mundo para o segmento de aventura. “Temos hoje quase 180 empresas implementando a norma técnica de Sistema de Gestão da Segurança e a certificação começará ainda este ano. Para comunicar isso ao mercado, a parceria com a Braztoa é fundamental”, acrescenta.

Para José Eduardo Barbosa, o trabalho que vem sendo desenvolvido pela ABETA representa um marco para o segmento no País. “Com esta parceria, a tendência é ampliar o potencial turístico nacional para atividades de aventura, além de benefícios como qualificação e critérios de seleção de fornecedores para os nossos associados”, comenta.

Segundo o presidente da ABETA, os ganhos para as operadoras com a parceria são muitos: fornecedores qualificados, aprimoramento de produto e serviços, redução do risco de acidentes e incidentes nas operações, segurança jurídica e divulgação da operadora como empresa consciente.


A partir da adesão, a operadora deve divulgar a iniciativa entre seus fornecedores e utilizar as normas técnicas de Turismo de Aventura e os mandamentos da Campanha do Consumo Consciente como critérios de seleção de fornecedores.

A Campanha conta com apoio da Associação Brasileira das Agências de Viagem – ABAV, além de parceria com a Adventure Sports Fair e Revistas Adventure Camp, Aventura & Ação, Go Outside, Host, O2 e VO2, Trip e Portal Webventure.

www.aventurasegura.org.br/campanha

ABETA, Rua Rio Grande do Norte 1560 / sala 401, Savassi - Belo Horizonte – MG CEP 30130-171 Tels. (31) 3261-5707 http://www.abeta.com.br/ info@abeta.com.br

SOS Mata Atlântica: restaram somente 7% dela

Municípios gaúchos destacam-se entre os que mantêm cobertura nativa, como Riozinho e Picada Café.

Adair Santos - ABC Domingo Comente esta notícia Letra

Riozinho - Imagine a seguinte situação: um visitante vem até o quintal da sua casa e corta 93 daquelas 100 belíssimas árvores nativas que ornamentam a propriedade, responsáveis por um complexo ecossistema.

Pois foi exatamente isso que aconteceu com a Mata Atlântica desde o descobrimento do Brasil: 92,74% da faixa que se estende das regiões Nordeste ao Sul do País foi simplesmente dizimada. Como se isso não bastasse, os 7,26% restantes estão sendo alvo de um processo destrutivo predatório, executado com maestria pelo homem – e de forma rápida e em larga escala.

Em um cenário de degradação, alguns municípios gaúchos destacam-se entre os que mais mantêm a cobertura nativa. Riozinho, com 35,74% de floresta remanescente, e Picada Café, com 35,23%, estão entre as 150 cidades mais preservadas do Brasil e, no Estado, ocupam a quinta e sexta colocações, respectivamente.

Mas os dados dos municípios no Brasil não chegam a ser um elogio, na avaliação do diretor de Mobilização da organização não-governamental SOS Mata Atlântica, Mario Mantovani, pois não são os que mais preservaram a Mata Atlântica, e sim os que menos conseguiram degradar. ‘‘A maioria dos casos é porque foram incompetentes para destruir, não quer dizer que são os que mais preservaram. São os municípios que Deus ajudou. Se dependesse de política pública de preservação, estava tudo no chão’’, lamenta.

A mata possui uma biodiversidade impressionante, abrigando habitantes ilustres, como o mico-leão-dourado, onça-pintada, bicho-preguiça, capivara, tamanduá-bandeira, tatu peludo, jaguatirica, o gato e o cachorro-do-mato, além de outros moradores menos conhecidos, mas igualmente importantes. Juntam-se à lista a garça, o tucano, araras, beija-flor, periquitos, jararaca, o jacaré do papo amarelo, a cobra-coral, o sapo-cururu e peixes famosos, como o dourado, o pacu e a traíra.

Outro dado impressiona: 70% da população brasileira está concentrada em regiões de domínio deste tipo de mata. Tamanha riqueza sempre despertou interesse do homem. Como um lutador atacado de forma desleal por vários oponentes, a mata historicamente sofreu duros golpes de todos os lados. As espécies florestais madeireiras instigaram a cobiça e fizeram fortunas. Geraram empregos e desenvolvimento, é verdade, mas fica a reflexão: a que custo?

Índios, vítimas do desmatamento‘‘Das matas, retiramos a caça e também os remédios. As árvores são importantes para nós e também para os bichos’’. O índio M’byá-Guarani Alberto Orizuela, 76 anos, resume de forma direta o significado da natureza para ele e para as cerca de 100 pessoas que residem nas reservas de Quilômetro 45 e Campo Molhado, em Riozinho.

Para alguns turistas, a Mata Atlântica é apenas uma paisagem a ser admirada e fotografada. Mas para esses indígenas, é sinônimo de sobrevivência pois, mesmo recebendo auxílio do governo federal, Estado e município, ainda mantêm hábitos de caça e pesca herdados dos ancestrais.

Os índios de Riozinho não precisam assistir à televisão ou ler jornais para perceber os estragos que o homem vem desencadeando nos últimos séculos. Necessitam apenas olhar ao redor para concluir que as coisas não são mais como antigamente: a cobertura vegetal é cada vez menor e espécies de animais antes comuns hoje são cada vez mais raras. Isso que ambas as reservas estão encravadas em um dos municípios que mais preservam a Mata Atlântica, Riozinho.

As 20 pessoas que habitam a área no Quilômetro 45 mantêm, nos fundos das casas construídas pela prefeitura, plantações de aipim, batata e hortigranjeiros. O artesanato ajuda a reforçar a renda dos remanescentes deste povo que, séculos atrás, habitava boa parte do território nacional.

Em 1500, na época do descobrimento do Brasil, estima-se que o número de índios era superior a 1 milhão mas, hoje, foi reduzidoa460 mil pessoas (que perfazem cerca de 0,25% da população brasileira).Além disso, conforme a Fundação Nacional do Índio (Funai), há entre 100 mil e 190 mil indígenas vivendo fora das reservas, inclusive em áreas urbanas.

No rastro de uma pegada

No rastro de uma pegada

A ânsia em descobrir o felino dono de uma pegada deixada na Reserva Biológica Estadual do Aguaí, na Serra Geral, deu início a um surpreendente estudo no Sul do Estado.

O resultado de cerca de dois anos de pesquisas revelou uma riqueza de mamíferos e um inventário de animais que nem mesmo comunidades próximas à área tinham conhecimento.A pegada encontrada em 2005 pelo montanhista José Carlos dos Santos Júnior foi o primeiro passo para ele e a bióloga Micheli Ribeiro Luiz darem início ao Projeto Felinos do Aguaí.

A dúvida se a marca seria de uma onça pintada ou de um puma (leão baio) foi suficiente para eles começarem o mapeamento em aproximadamente 7.672 hectares de mata (cerca de 10 campos de futebol).A área analisada abrange os municípios de Treviso, Siderópolis, Nova Veneza e o limite a oeste com Bom Jardim da Serra, na Serra Catarinense.

O desafio dos pesquisadores é conseguir catalogar as espécies e promover uma convivência mais harmoniosa entre comunidade e animais com o objetivo de evitar a caça predatória e a consequente extinção.Conforme os pesquisadores, os felinos estão no topo dessa cadeia alimentar e são essenciais à manutenção e ao equilíbrio desse ecossistema.

– Nos preocupa a caça predatória a essas espécies em razão de ataques a animais domésticos. Como em Bom Jardim da Serra, onde as ovelhas estavam sendo atacadas pelos felinos por falta de comida. Por consequência, esse predador era caçado pelo homem. A redução da cadeia alimentar acontece devido a mudanças de hábitos das espécies – esclarece Micheli.

Genética dos animais também é avaliada

Na etapa inicial do estudo, realizada entre os anos de 2006 e 2008, foram catalogadas 10 espécies de mamíferos de médio e grande porte na reserva e descobertos animais como tatu, cateto, irara, gato do mato pequeno e gato-maracajá.

Agora, a intenção é “afunilar” as pesquisas. A segunda parte dos trabalhos foi retomada em janeiro deste ano e se intensifica na Serra. A área de estudos se amplia, e o estado de conservação genética dos animais também será avaliado.Desde o início, as Empresas Rio Deserto patrocinam o projeto Felinos do Aguaí. Todos os anos são investidos R$ 14 mil nas pesquisas.

A intenção da mineradora é estender os estudos. Conforme a analista de marrketing, Priscila De Stefani, o objetivo é reverter os danos causados – direta e indiretamente – pela mineração na Região Carbonífera.

ana.cardoso@diario.com.br
ANA PAULA CARDOSO Criciúma

28 de março de 2009

Imasul e Embrapa Pantanal analisam dispersão do mexilhão-dourado no Estado

Por Fabio Pellegrini, do Notícias MS

Equipe técnica da Gerência de Recursos Pesqueiros e Fauna (GRPF) do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), em conjunto com cientistas da Embrapa Pantanal, vem pesquisando e monitorando a dispersão do mexilhão-dourado, uma praga que chegou ao Pantanal através de embarcações intercontinentais e corre o risco de se alastrar pelo biomas brasileiros, prejudicando a economia da pesca e do turismo.



O mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei) é um molusco de água doce, nativo dos rios Sudeste da Ásia, em especial da China. Com grande força reprodutiva e sem inimigos naturais no Brasil, ele foi trazido há mais de 15 anos para a América do Sul, na água de lastro de navios cargueiros, e já provoca graves danos ambientais e econômicos em nossos rios e lagos, inclusive em Mato Grosso do Sul.



O que torna o mexilhão dourado uma espécie invasora tão perigosa é a grande força reprodutiva e o fato de não encontrar inimigos naturais. Ele não serve para a alimentação humana, ocupa o lugar de espécies nativas e afeta todo o ecossistema invadido.



A Gerência de Recursos Pesqueiros e Fauna do Imasul, em seu trabalho de monitoramento da piracema no rio Miranda, já havia constatado a presença do molusco em galhos, pedras e no estômago de algumas espécies de peixes na região do Passo do Lontra (município de Corumbá) e do Barranco Branco (município de Miranda).



O grupo então resolveu atuar em parceria com a Embrapa Pantanal no monitoramento da dispersão do mexilhão dourado mapeando as áreas de ocorrência. Desta forma, foram encontrados no Rio Miranda indivíduos adultos de mexilhão dourado aderidos em pedras, galhos e no estômago de peixes das espécies pacu e armao até a região da Baía da Pedras, próximo ao Barranco Branco.



Atenção pescadores



Além do prejuízo ambiental, o mexilhão traz perdas para as atividades econômicas que dependem de recursos hídricos, como geração de energia, tratamento de água e até a pesca, porque é capaz de entupir motores de embarcações, encanamentos, sistemas de irrigação, sistemas de resfriamento de indústrias e hidrelétricas, além de afundar tanques-rede e bóias sinalizadoras de navegação. Pode, ainda, vir a prejudicar o turismo, caso se fixe em áreas aproveitadas para tal atividade.



O mexilhão não nada, por isso depende da ajuda humana para se disseminar. O molusco pode ser transportado nos cascos de barcos, depósitos de água para limpeza das embarcações, viveiros de iscas vivas, raízes de plantas aquáticas e equipamentos de pesca.




Assim, conforme os barcos viajam, levam juntos mexilhões adultos incrustados em equipamentos ou suas larvas imperceptíveis na água utilizada dentro do barco. Logo, entre outras providências, as ações de controle do molusco terão, necessariamente, de sensibilizar o público que transita pelos rios da região, a fim de que adote medidas para evitar o transporte involuntário do animal.



A pesquisadora Marcia Divina de Oliveira, da Embrapa Pantanal, explica, que no Pantanal, as condições ambientais são favoráveis ao invasor: “Na sub bacia hidrográfica do rio Miranda, o mexilhão se desenvolve muito bem, pois são águas calcárias. No rio Salobra por exemplo, afluente do Miranda na região da Serra da Bodoquena, com água transparente, a condição é perfeita para a ploriferação da espécie invasora”.



Márcia explica que a parceria com o Imasul visa o desenvolvimento de uma pesquisa conjunta que fará um inventario da fauna aquática e analisar as espécies nativas e invasoras e a qualidade da água das sub bacias, para tentar avaliar o impacto ambiental do mexilhão-dourado.



“Enquanto as pesquisas vão sendo realizadas, os pescadores devem fazer a sua parte no combate ao invasor”, explica Selene Albuquerque, pesquisadora do Imasul. Ela ressalta que os mexilhões-dourados começam a se reproduzir com apenas meio centímetro de tamanho, por isso, não percebemos a presença deles.



Confira o que deve ser feito no combate a essa praga:



Retirar qualquer vegetação e incrustação encontradas dentro e fora do barco ou do reboque;


Lavar o casco, viveiros e outras partes do barco e do reboque com água sanitária, sempre que sair de um local de pesca para outro. Deve-se colocar uma colher de sopa para cada litro de água, ou um litro de água sanitária para vinte de água;


Esvaziar, sempre em terra, qualquer reservatório de água que esteja no barco, inclusive os de iscas vivas;


Lavar os equipamentos e redes antes de usá-los em outros rios e lagos;


Não deixar a água utilizada na lavagem dos barcos e equipamentos escorrer para galerias de drenagem ou outros rios e lagos;


Não devolver para o rio nenhum resíduo de limpeza do barco. Colocá-los sempre em terra, distante da margem;


Pintar o casco com tinta antiincrustante que não tenha a substância TBT, que é cancerígena;


Verificar sempre se há presença de inscrustações no barco e raspá-las quando encontrá-las;


Tratar com cloro as águas usadas para limpeza e consumo a bordo.




Para saber mais, acesse http://www.imasul.ms.gov.br