23 de dezembro de 2008

Feliz Natal do Pantanal


11 de dezembro de 2008

Vôos regulares ao Aeroporto de Bonito têm início em fevereiro



Osvaldo Júnior

O primeiro vôo regular do terminal de embarque e desembarque de passageiros, em Bonito, deve ser realizado em fevereiro de 2009, informa o secretário de Turismo, Indústria e Comércio do município Augusto Mariano. Conforme o secretário, as obras se encerram em janeiro.

O terminal deve ajudar na atração de turistas asiáticos, que estão no foco de Bonito. Para facilitar o acesso a esses turistas, há planejamento de utilização de malha aérea pelo Oceano Pacífico, que reduziria, em média, oito mil quilômetros a distância entre países asiáticos e o Brasil em relação às viagens com conexões na Europa.

Segundo o secretário, apesar de Bonito ser um destino turístico já consolidado, ainda há o problema de acesso aos turistas. Por essa razão, foi construído o aeroporto na cidade, cujo terminal de embarque e desembarque de passageiros ainda não foi finalizado.

O empreendimento tem custo total de R$ 1,7 milhão. O secretário informa que as obras terminam em janeiro e que, no mês seguinte, iniciam-se os primeiros vôos regulares.

As secretarias municipal e estadual de turismo buscam expandir a atração de turistas estrangeiros a Bonito, priorizando os asiáticos. “Estamos fazendo com que os asiáticos descubram Bonito”, disse Mariano, completando que esse público não tem, costumeiramente, muito interesse por litorais e, sim, pelo ecoturismo. “O mato está na moda”, afirmou o secretário, citando frase dita por Jean Claude Razel, presidente da Abeta (Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura) durante palestra no Fórum Nacional do Mercado de Ecoturismo, que acontece na cidade.

De acordo com o secretário Mariano, a malha aérea para as viagens originárias da Ásia deverá ser pela rota bio-oceânica do Pacífico. “Por essa rota, a distância até o Brasil é de 18 mil quilômetro. As viagens, através da Europa, a distância chega a 26 mil quilômetros”, comparou o secretário. A linha área dos vôos internacionais para Bonito deverá fazer conexão em São Paulo.

Fórum

Em Bonito, o Fórum Nacional do Mercado de Ecoturismo, reuniu os principais profissionais do segmento para debater as tendências e os desafios do ecoturismo no Brasil. O foco do evento foi o desenvolvimento do marketing e a comercialização de destinos, produtos e serviços de ecoturismo.

O evanto aconteceu de 7 a 10 de dezembro e é realizado pela Fundtur (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul), governo do Estado e Bonito Convention and Visitors Bureau, em parceria com a Seprotur (Secretaria de Produção e Turismo).

Mercado defende consolidação do ecoturismo em Fórum no MS

Apesar de registrar um crescimento anual estimado em 20% no mundo e 10% no Brasil, o segmento do ecoturismo no país ainda tem uma participação e uma valorização inexpressiva. A conclusão é de Nilde Brun, presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul.

Ao participar da solenidade oficial de abertura do Fórum Nacional do Mercado de Ecoturismo, ontem (07/12) em Bonito (MS), a dirigente destacou o potencial deste segmento e fez um apelo para que sejam fortalecidas ações de marketing e de comercialização junto aos grandes distribuidores no sentido de consolidar programas nestes destinos.

"No entanto, a participação do Brasil no mercado do ecoturismo ainda é inexpressiva, considerando que o país já possui muitos produtos, além de ter potencial para desenvolver vários segmentos do turismo na natureza e ecoturismo".

Para João Moreira, presidente da Confederação Brasileira de Convention & Visitors Bureaux (CBC&VB), e coordenador da Câmara Temática de Promoção e Apoio à Comercialização (CTPAC) do Ministério do Turismo os dados de uma pesquisa sobre o perfil do mercado consumidor internacional mostram que o Brasil precisa superar vários desafios para aumentar o número de turistas internacionais para o país, inclusive no que diz respeito à infra-estrutura aéreo-portuária.

Ele destacou que o município de Bonito, que é uma referência em turismo ecológico, com a viabilização do acesso aéreo e a infra–estrutura de eventos que possui, tem todas as condições de sediar eventos de porte mundial na área.

O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura (Abeta), Jean-Claude Razel, destacou que o ecoturismo deixou de ser uma atividade demandada exclusivamente por aficcionados por natureza ou viajantes aventureiros. "Atualmente o ecoturismo tem demanda globalizada e atrai tanto o turista de lazer, quanto o mercado corporativo e o público de eventos". Ele destacou ainda que o Brasil tem excelentes destinos e que hoje, 17 municípios brasileiros estão em processo de certificação, com o projeto Aventura
Segura, desenvolvido pela Abeta.

O Aventura Segura é um programa que visa a segurança, a normalização e certificação de empreendimentos do segmento. A iniciativa pretende refletir numa maior promoção e comercialização dos destinos de aventura e natureza do Brasil.

Presença - Importantes lideranças do turismo prestigiaram a cerimônia de abertura do Fórum. Além de João Moreira, Jean-Claude Razel e Nilde Brun, a solenidade contou com a presença de Jurema Monteiro, coordenadora geral de apoio à comercialização do Ministério de Turismo; Mário Beni, membro da Organização Mundial do Turismo (OMT), e coordenador de pós-graduação em Turismo da Eca/USP; Augusto Mariano, Secretário de Turismo de Bonito-MS; e Israel Waligora, representando a Braztoa.

O evento teve a participação de empresários do setor, entre eles: Patrick Mullher, de Fernado de Noronha (PE); Daniel Spinelli, do Paraná e de empresários locais como Eduardo Coelho, do Recanto Ecológico Rio da Prata e Marcos Dias, do Abismo Anhumas.

O Fórum tem o apoio do Ministério do Turismo numa promoção da Fundação de Turismo do Mato Grosso do Sul, em parceria com o Bonito Convention & Visitors Bureau e de diversas entidades como o Sebrae, Senac-MS, Prefeitura Municipal de Bonito, Conselho Municipal de Turismo de Bonito, Associação dos Atrativos Turísticos de Bonito e Região (Atratur), Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta).