No rastro de uma pegada
A ânsia em descobrir o felino dono de uma pegada deixada na Reserva Biológica Estadual do Aguaí, na Serra Geral, deu início a um surpreendente estudo no Sul do Estado.
O resultado de cerca de dois anos de pesquisas revelou uma riqueza de mamíferos e um inventário de animais que nem mesmo comunidades próximas à área tinham conhecimento.A pegada encontrada em 2005 pelo montanhista José Carlos dos Santos Júnior foi o primeiro passo para ele e a bióloga Micheli Ribeiro Luiz darem início ao Projeto Felinos do Aguaí.
A dúvida se a marca seria de uma onça pintada ou de um puma (leão baio) foi suficiente para eles começarem o mapeamento em aproximadamente 7.672 hectares de mata (cerca de 10 campos de futebol).A área analisada abrange os municípios de Treviso, Siderópolis, Nova Veneza e o limite a oeste com Bom Jardim da Serra, na Serra Catarinense.
O desafio dos pesquisadores é conseguir catalogar as espécies e promover uma convivência mais harmoniosa entre comunidade e animais com o objetivo de evitar a caça predatória e a consequente extinção.Conforme os pesquisadores, os felinos estão no topo dessa cadeia alimentar e são essenciais à manutenção e ao equilíbrio desse ecossistema.
– Nos preocupa a caça predatória a essas espécies em razão de ataques a animais domésticos. Como em Bom Jardim da Serra, onde as ovelhas estavam sendo atacadas pelos felinos por falta de comida. Por consequência, esse predador era caçado pelo homem. A redução da cadeia alimentar acontece devido a mudanças de hábitos das espécies – esclarece Micheli.
Genética dos animais também é avaliada
Na etapa inicial do estudo, realizada entre os anos de 2006 e 2008, foram catalogadas 10 espécies de mamíferos de médio e grande porte na reserva e descobertos animais como tatu, cateto, irara, gato do mato pequeno e gato-maracajá.
Agora, a intenção é “afunilar” as pesquisas. A segunda parte dos trabalhos foi retomada em janeiro deste ano e se intensifica na Serra. A área de estudos se amplia, e o estado de conservação genética dos animais também será avaliado.Desde o início, as Empresas Rio Deserto patrocinam o projeto Felinos do Aguaí. Todos os anos são investidos R$ 14 mil nas pesquisas.
A intenção da mineradora é estender os estudos. Conforme a analista de marrketing, Priscila De Stefani, o objetivo é reverter os danos causados – direta e indiretamente – pela mineração na Região Carbonífera.
ana.cardoso@diario.com.br
ANA PAULA CARDOSO Criciúma
Pantanal do Miranda - Mato Grosso do Sul - Brasil * Pousada Pantaneira. Este blog existe para as os amantes da natureza e "curiólogos", como eu, poderem dividir suas aventuras e paixoes por este Pantanal. Fotos do Pantanal Sul e sua biodiversidade, informações sobre as coisas que acontecem na Fazenda San Francisco e notícias sobre meio-ambiente você encontrará aqui. Visite Bonito e Pantanal Sul!
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