Contra a exploração: Pesquisadores buscam ações para evitar desaparecimento da onça-pintada
O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), reuniu 35 pesquisadores em Atibaia, São Paulo, para discutir medidas que ajudem a reverter o crescente quadro de redução da onça-pintada no país.
Os estudiosos já definiram 50 ações emergenciais para preservar a espécie, que vão desde a adoção de políticas públicas até o combate à caça. Segundo os pesquisadores, a caça aliada aos conflitos dos predadores com atividades humanas e à fragmentação de habitats naturais são as causas mais sérias para o desaparecimento do mamífero.
A onça-pintada é considerada “ameaçada” na Mata Atlântica, “vulnerável” no cerrado e “criticamente ameaçada” na caatinga. A melhor situação do animal está no Pantanal e em pontos da Amazônia.
Os pesquisadores fizeram ainda estatísticas sobre as populações de onças no país, o que pode ajudar nos esforços para salvar a espécie onde ela tem maior risco de desaparecer em curto e médio prazos. O Nordeste abriga menos de 250 desses animais e pode ter a espécie extinta em 60 anos. Uma solução para mudar essa tendência preocupante é criar novas unidades de conservação e corredores unindo as já existentes, ligando assim as populações isoladas.
Em meados de 2010, o governo federal promete publicar um plano nacional para a conservação da onça-pintada, levando em conta todos esses aspectos.
O biólogo MsC. Henrique Villas Boas Concone representou a Fazenda San Francisco durante o evento participando intensamente do plano de ação.
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